segunda-feira, 30 de março de 2009

O "Catatau" de Paulo Leminski

"Tenho certeza absoluta que não chegarei ao absoluto, tenho a duvidosa impressão que eterno é isso e acho-lhe uma graça infinda."
- Paulo Leminski - Catatau, 2004, p. 168


Hoje é um dia de grande alegria. Defendi minha dissertação sobre o "Catatau", o genial romance desse rapaz da foto. Finalmente paguei a dívida de honra com o finado Dr. Benício, meu pai e com D. Vera, mamãe, que tanto queriam que eu obtivesse esse título. A dissertação trata da imbricação entre literatura e filosofia no romance-idéia do Leminski, já que Leminski imaginou a vinda de René Descartes a Recife junto com a comitiva de sábios trazidas por Maurício de Nassau von Siegen. Na banca estavam meu orientador Prof. Volnei Edson dos Santos, o prof. Luiz Carlos Santos Simon e o prof. Paulo Astor Soethe da Federal da Curitiba (exímio tradutor de Heinrich Böll). Eles foram firmes e apontaram ótimas questões que pretendo repensar e aprimorar. Hoje também defendeu dissertação meu amigo o cineasta Rodrigo Grota, também nas Letras da UEL. Vamos tomar umas daqui a pouco se a chuva deixar. Depois quero falar mais de Leminski e "Catatau" nos próximas entradas neste "imblogrio" já que este ano completam 20 anos de falecimento do escritor. Aliás, uma ótima dica é dar uma conferida no blog Espelunca do amigo Ademir Assunção que está publicando um belo ensaio sobre Leminski.

Eu sei que vocês vão dizer que é tudo mentira


Setembro passado, estávamos bebendo todas no bar do Gomes em Santa Tereza. Na mesa estavam Patrícia Selonk, Paulo de Moraes e eu literalmente engolindo a noite de tanto falar. Eis se não quando mencionei o caso de um dos mais importantes registos da ufologia brasileira: esta foto ai em cima, tirada em Londrina pelo fotógrafo Mario Mori, de um objeto voador não identificado que sobrevoava as imediações do Jardim Tókio na década de 80. Supreso com a minha defesa veemente (e etílica) da veracidade dessa singular aparição, Paulo de Moraes comentou jocosamente, com olhar ironicamente inquiridor:
-Maurício, eu fico admirado com a sua credulidade...
Nada alegarei em minha defesa, apenas digo que entrevistei Mario Mori, que ele possui os negativos, e que é pessoa idônea. O que segue abaixo a matéria que fiz para a Folha Norte em 2007. Os fatos estão aí e que os visitantes deste blog insuspeito julguem por si próprios.
* * *
EU VI UM DISCO VOADOR!

Segundo o fotógrafo Mário Mori, eram 20h30min de uma noite do verão londrinense. 25 de janeiro de 1982. Céu limpo. Na varanda de sua residência situada na Rua Lindóia, Parque Alvorada, Região Oeste, Mário Mori descansava após o jantar. Quando de repente avistou um objeto voador. Diz que ficou assustado com o que viu. Passados duas décadas e meia, a emoção já está controlada, mas, mesmo assim, seu relato ainda permanece surpreendente:

“– O objeto voador irradiava uma luz forte. Elas variavam entre a cor rósea, prata, laranja. A forma era de dois pratos sobrepostos. Ele girava sobre si mesmo. Tinha uns 15 a 20 metros de comprimento. Era um objeto grande. Do tamanho de um avião. Flutuava entre o Campus da UEL e o Jardim Tókio. Estava em cima do Tókio. O objeto estava próximo. Seu movimento era visível. Já vi meteoros, dos grandes. Não era a mesma coisa. Peguei minha máquina com objetiva e tirei três fotos. A primeira é a que ficou conhecida; a segunda saiu tremida; e a terceira... Bem. A terceira eu foquei o objeto no visor da máquina e disparei. Quando revelei o filme, na foto aparecem as luzes da UEL, das casas na baixada do Tókio, mas, estranhamente, o objeto não aparece na foto... Mas eu vi quando ele desapareceu. Ele desapareceu depois, num ponto de luz.”

Patrulha extraterrestre?

O curioso é que Mário Mori registrou o objeto às 20h30min, e, às 22h55min, o falecido sr. Otávio Alves Costa avistou, da Rua Souza Naves, um objeto voando em linha reta na direção Cambé-Londrina. O objeto estava próximo e a baixa altitude, pois o aposentado disse ter pensando primeiramente de que se tratasse de um avião a jato, tanto que se espantou que o objeto não produzisse qualquer som. Horas mais tarde, mais três pessoas trafegando pela antiga estrada Rolândia-Londrina, também avistaram um objeto. Com tantos relatos e um prova fotográfica, fica a grande pergunta: na noite de 25 de janeiro de 1982, Londrina foi visitada por um mesmo objeto voador ou por três diferentes naves?

Repercussão do fato

A foto de Mário Mori passou por uma investigação minuciosa de experientes fotógrafos do Foto Clube de Londrina. Além da análise dos negativos, Mori respondeu a uma longa sabatina. Não havia dúvida. Era real. E aquilo que parecia ser somente uma notícia local de repente ganhava destaque nacional. A revista Veja de 17/02/82 publica a foto do OVNI de Londrina; a “Super interessante” n. 1 de 1988, também discutiria o caso; e a Revista UFO n. 68 de novembro de 1999, relembraria a foto, considerada uma dos mais nítidos registros de aparição de OVNI no Brasil.

O impacto da visão

E como fica a pessoa que vê um objeto desses? Sem meias palavras, falando com segurança e maturidade, Mário Mori não esconde que na hora ficou bem assustado. O fotógrafo conta que sentiu forte emoção por estar diante de algo inexplicável, mas incrivelmente concreto. Para ele a visão do OVNI foi um impacto: “– Fiquei muito impressionado. É realmente uma experiência que mexe com a cabeça da gente.” Depois de testemunhar a aparição, Mori começou até a ler mais sobre ufologia. Porém, com o passar do tempo, o impacto foi esmaecendo. Hoje ele encara tudo com naturalidade, reportando racionalmente os fatos: “– Eu vi um objeto voador. E fotografei. Não dá para negar.”, argumenta.

O tempo é relativo ao observador

Mário Mori conclui que há muito tempo não se vêem mais aparições de OVNI em Londrina. A última em nossa região ocorreu em 2003. As câmeras do pedágio de Jataizinho flagraram uma nave na clássica forma de hidra pairando nos céus. Mas o tempo é relativo. Para terráqueos ou extraterrestres. Para nós pode parecer que eles visitaram Londrina há 25 anos; enquanto que, para eles, isso poder ter acontecido a apenas 2,5 segundos atrás.

sábado, 28 de março de 2009

PROFETA 70


Nos anos 70, quando o londrinense caminhava pelas calçadas, ouvia nos rádios a voz do ex-beatle George Harrison cantando “My Sweet Lord”, enquanto carangos quentes cruzavam a toda a Rua Prof. João Cândido, e cabeludos ficavam na maior curtição num banco comprido e sinuoso da Praça Gabriel Martins apelidado de “minhocão”, conversando sobre altos babados, porque havia uma sensação naquela juventude de que o mundo estava realmente mudando!

Guru

No meio da turma de rapazes com cabelos até os ombros, um barbudo se destacava com sua calça Lee esfarelada e sua Havaiana velha. O cara falava manso como se estivesse num transe. Parecia um mestre orientando seus discípulos. Quem chegasse perto do Profeta tinha a nítida impressão de sentir aromas exóticos e sons de cítaras indianas enquanto ele falava. E logo o cara já ficava calmo e descansado só de escutar as palavras do guru de Havaianas. Profeta era um cara definitivamente vegetariano e iluminado. Gostava de contar que tinha ido pra índia em 1968. E todo dia fazia a sua costumeira preleção:
– O mundo ocidental vai acabar, bicho! A patota tem que se preparar pra grande viagem dimensional!
Era maravilhoso ficar ouvindo aquele cara de vinte e poucos anos falar com convicção e sabedoria, enquanto a gente ainda tinha um monte de grilo, e enfrentava a maior barra em casa, e mais a caretice das pessoas. Porém o Profeta sabia o caminho das pedras!
Aí um dia o Noirton veio falar com o Profeta. Tinha acabado de sair do Cinerama e se despedir da namorada. Ele queria orientação, conselho, esses troços:
– Pô, Profeta! A Suzy tá por fora, meu! Cê acredita que ela não gosta do Black Sabbath?!
Tranqüilo e calmo, o Profeta soltou uma longa baforada de seu Minister, e disse:
– Chocrível!
Noirton não aceitava que sua adorada Suzymeire só apreciasse sambas de Antônio Carlos & Jocafi. Isso era o fim para um fã de Ozzy Osbourne. O Profeta meditou sobre o assunto por mais ou menos uma hora. Então deu um conselho àquele cabeludo, incondicional adepto do rock-pauleira:
– No amor não há remédio senão aceitar...
Esse ensinamento místico quase fundiu a cuca de Noirton que respondeu com ar de quem tinha sacado tudo e mais um pouco:
– Podes crer!
Abuso

Algum tempo depois Noirton voltou ao minhocão procurando o Profeta. O cabeludo apaixonado parecia pálido. Profeta foi logo perguntando o que tinha acontecido. Noirton explicou que tinha sido submetido a uma longa e torturante sessão de sambas nos últimos dias. É que a Suzy achou chuchu beleza essa disposição do Noirton de querer ouvir o estilo de música que ela gostava e exagerou. Noirton estava realmente mal. Estava transtornado de tanto ouvir: “Você abusou, tirou partido de mim, abusou...”, o grande sucesso da dupla Antônio Carlos & Jocafi. E Noirton se lamentava:
– Eu tô gamado na Suzy, Profeta! Mas não vou sobreviver se tiver de ouvir esse tipo de som! Quê que eu faço, me dá uma luz!
– Faz o mapa astral da tua gata, bicho.
– Corta essa, meu! A Suzy não acredita em astrologia!
– Sei... A tua gata fica só lá no mundinho dela, não sabe que a grande revolução está acontecendo. É ou não é?
– Ela não tá na nossa, Profeta! Não tá!
– Podes crer.
– Se continuar assim, eu vou ter ouvir Toquinho e Vinícius pro resto da minha vida, cara!
– Pô, Noirton. Só tem uma solução. Eu vou ter de trazer a tua gata pra nossa filosofia!
Noirton pensou por instante, abriu um sorriso nicotinado, e arrematou:
– Falou e disse!

Incenso

Foi então que o profeta começou craniar um plano para converter Suzymeire à astrologia, à sabedoria oriental, ao pensamento hippie, ao rock-pauleira e ao vegetarianismo. Num lampejo de desprendimento e profunda visão kármica, o Profeta teve uma inspiração: marcou uma festa na casa dele num sábado de lua cheia. A patota deveria levar bebidas. Além de ceder a casa, o Profeta também se encarregaria dos incensos, dos baseados e do som, sem esquecer logicamente de uma sessão porrada de Black Sabbath. Era uma idéia genial já que naqueles tempos a ditadura militar estava paranóica com os jovens, e uma festa era uma rara ocasião para relaxar e encontrar com os amigos.
Chegou o sábado marcado. Os cabeludos de Londrina começaram a descer a Rua Goiás. A casinha de mata-junta do Profeta era num lugar superbacana, ficava de frente pro vale, lugar de onde se podia avistar um monte de estrelas. Noirton chegou com Suzymeire. Finalmente seus amigos seriam apresentados à grande paixão dele. E que paixão! Suzy era uma gata deslumbrante. Morena de olhos verdes, corpo escultural, uma delícia de vinte anos. O profeta, que estava meditando no quintal, até perdeu a concentração quando viu aquela deusa. Realmente, Noirton estava numa sinuca de bico.

Sabá

A festa transcorria no maior astral. Tinha motoqueiros papeando na varanda; casais se amassando na penumbra da sala; lókis fazendo caipirinha de vodka com crush; e, no banheiro, o som rolando, já que o Profeta tinha instalado sua vitrola lá, pois, segundo o sábio, as louças sanitárias favoreciam a acústica. Quem olhasse de longe teria a impressão de que a casa do Profeta flutuava numa névoa esverdeada tamanha paz & amor que de lá exalavam. Porém, o Profeta não imaginava que tivesse tantos seguidores daquele jeito. Simplesmente todos os cabeludos de Londrina não paravam mais de chegar na casinha da Rua Goiás. A alegria era realmente contagiante. Todos estavam muito excitados e começaram a dançar pela casa inteira.
No auge da dança o Profeta jogava I Ching para Noirton e Suzy no quarto. Profeta fazia altas reflexões e, a cada pensamento, Suzy parecia ficar mais interessada. Em alguns momentos ela lacrimejava, até que seu semblante foi ficando completamente sereno. Profeta explicava para Suzy que ele estava ali para profetizar que o mundo ocidental, capitalista, machista, quadrado, onde o sexo é considerado pecado, estava para acabar; que os pilares do pensamento racional já estavam abalados; que os alicerces das crenças judaico-cristãs estavam ruindo; e que Suzy precisava penetrar as portas da percepção. Foi aí que Suzy soltou um grito de êxtase místico. E disse que estava sentindo coisas.
– Que coisas?, perguntou o Profeta.
– Estou sentindo o chão tremer sob meus pés...
Então, de repente, aconteceu o que ninguém jamais poderia prever: lotada de gente, a casa de madeira do Profeta começou a desabar. Foi um griteiro, um corre-corre danado. Não deu outra: a casa caiu. Uns vinte cabeludos sofreram escoriações.

Sumiço

No dia seguinte, no minhocão, o Profeta não apareceu. Havia um clima de tristeza no ar. Os cabeludos não se conformavam. O profeta, um cara superbacana, que fala umas palavras manêras, segura a barra de todo mundo, ele organizou uma festa chocante pra patota, e agora o cara tá sem casa pra morar? Não era certo, bicho. De jeito nenhum! E os cabeludos ficaram horas a fio tentando arranjar uma solução para tamanha injustiça cósmica contra o Profeta. Então o Noirton teve a feliz idéia:
– Por que a gente não faz uma rifa?
Alguém disse que tinha uma guitarra Gianinni encostada, outro que podia arranjar uma radiola, outro uma coleção completa do Nat King Cole, e em pouco tempo os cabeludos tinham organizado uma bela rifa com um punhado de prendas atraentes.
Movidos pelo desejo de ajudar a quem sempre os ajudara, os cabelos venderam rapidamente todos os números e arrecadaram um quantia em dinheiro sensacional, que daria para o Profeta alugar uma boa casa por, pelo menos seis meses, e agüentar as pontas.
No dia da entrega do dinheiro ao Profeta ele chorou e agradeceu de joelhos, com a humildade de um verdadeiro guru. Segundo o Profeta, aquele gesto de compaixão de seus amigos era um sinal de que suas profecias estavam certas, e que a grande revolução estava de fato acontecendo naquele exato momento, inclusive isso era fruto de uma confluência astral que acabava de inaugurar a Era de Aquários em plena Londrina. Visivelmente emocionado, Profeta pediu licença a todos para se retirar, pois gostaria de ficar a sós meditando sobre os escombros de sua velha casa na Rua Goiás. O profeta queria agradecer aos avatares essa dádiva financeira que acabara de receber.

Espeto

Três dias depois ninguém mais conseguia achar o Profeta. Não havia notícias dele nem de seu paradeiro. Alguém aventou a hipótese de que o Profeta havia se desmaterializado ou desencarnado como Krishna. Mesmo assim, o Noirton percorreu preocupadíssimo pronto-socorros, hospitais e até o cadeião, e nada do Profeta. Após muitas buscas, apenas um garçon da Churrascaria Gaúcha sabia do guru de Havaianas. Dois dias atrás ele tinha servido uma belíssima costela para o Profeta e Suzymeire. De pileque, Profeta comentou que estava indo embora de Londrina. Noirton agarrou o colarinho do garçon implorando por mais detalhes. O Garçon não lembrava de nada. Ou melhor, ele se lembrava de um detalhe sem importância. Lembrou-se de que o Profeta, ao ouvir Antônio Carlos & Jocafi cantarem no alto-falante da churrascaria, virou-se para ele e pediu:
– Aumenta!
(Publiquei este conto originalmente na Folha Norte em 2007. Ele integra o meu primeiro livro de contos intitulado "Londrinenses" que será publicado este ano. A ilustração é do Robson Vilalba que atualmente está em Curitiba.)

sexta-feira, 27 de março de 2009

As coincidências que sempre me ocorrem

Bacana demais a repercussão de "Inveja dos Anjos" no Festival de Curitiba. As apresentações rolaram nos últimos dias 20,21 e 22. Me deixa superfeliz o fato da peça conseguir chegar nas pessoas e dialogar com elas. Sinal de que questões que são relevantes para a direção, atores e dramaturgos são compartilhadas com outras sensibilidades diferentes das nossas mas que se encontram nesse ritual maluco que é o teatro. Por falar nisso, acho curioso como o teatro me proporciona coincidências (ou sincronicidades) felizes. Duas delas em "Inveja dos Anjos". A primeira foi quando o Paulo de Moraes veio a Londrina para discutir a dramaturgia comigo. Ele falou da cenografia e da imagem de pessoas, três amigos, que morassem na margem de uma linha de trem. Achei uma idéia muito legal e que permitia contar uma porrada de histórias legais. No dia seguinte eu tinha de estar na cidade de Marialva para pariticipar da festa dos 90 anos de Dona Adelina, avó da Jacqueline. E lá fomos nós. Eu estava muito a fim de curtir a festança que reuniu toda a italianada, porém o João não queria ficar ali de jeito nenhum. Então, sabendo que o moleque é maluco por trens, desci algumas quadras e levei ele até onde ficava a estação de trem de Marialva, por sinal criminosamente demolida. Foi então que olhei para trás e vi três casas diante da linha do trem. Corri até a festa, pedi a digital da minha cunhada emprestada e lasquei essa foto aí. O Paulo havia falado e no dia seguinte lá estava eu diante do cenário real de "Inveja dos Anjos" na querida Marialva, capital da uva fina do norte do Paraná.

terça-feira, 17 de março de 2009

Armazém levou dois canecos há uma semana

O diretor Paulo de Moraes (ao microfone) e este escriba fomos agraciados com o Prêmio Shell RJ de Autor Teatral da temporada 2008 no Rio de Janeiro pelo texto da peça "Inveja dos Anjos". A cerimônia aconteceu na última terça-feira, o dia 10 de março, no teatro Oi Casa Grande. Ficamos felizes porque "Inveja dos Anjos" marcou o retorno à dramaturgia própria da Armazém Companhia de Teatro. Antes desse prêmio tínhamos batido na trave do Shell de Autor com a parceria nos textos de "Da Arte de Subir em Telhados" e "Pessoas Invísiveis".

Prêmio para uma grande atriz

E a noite da premiação do 21a edição do Shell de Teatro foi de completa alegria com a vitória de Patrícia Selonk na categoria melhor atriz por sua interpretação da garçonete Cecília em "Inveja dos Anjos". Emocionada, Patrícia dividiu a premiação como sua "família" teatral, com os colegas de companhia Simone Mazzer, Simone Vianna, Verônica Rocha, Marcelo Guerra, Ricardo Martins e Thales Coutinho. Dedicou o prêmio aos filhos João Paulo e Maria Luiza e ao marido Paulo de Moraes. Patrícia ainda falou sobre a sua emoção de receber o prêmio na mesma edicão em que o mestre Sérgio Brito recebeu o de melhor ator por sua atuação em duas peças curtas de Samuel Beckett.